Duke Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola Kahanamoku, havaiano nativo, exímio nadador, medalhistas e recordista em 3 olimpíadas – Estocolmo 1912 / Antuérpia 1920 / Paris 1924. Veio de uma família de 6 irmãos e 3 irmãs, descendentes da realeza havaiana, natural da região de Waikiki, estimulado a viver uma forte relação com o mar pelo seu pai, desde muito cedo se encantou pela prática do surf ou He’e nalu (deslizar nas ondas em havaiano), transformando, inovando e apresentando essa nova modalidade para o mundo através de seu jeito Aloha de ser.
Duke, foi muito além de seus feitos esportivos e olímpicos, ele foi ator em Hollywood, Xerife em Oahu, salvou náufragos na California e desafiou as ondas havaianas, indo aonde nenhum surfista tinha pensado em chegar. Shapeando sua prancha com madeira de Koa (árvore de Acácia típica do Havaí) com 16 pés de comprimento e 51 quilos, conseguiu avançar mais longe no mar e surpreendeu ao surfar uma onda de aproximadamente 3 quilômetros de extensão.
Uma verdadeira lenda do arquipélago havaiano, chamado de “homem peixe”, que ensinava e demonstrava o surf por todos os lugares que passava. Foi o primeiro a solicitar a inclusão do surf como esporte olímpico em 1912, além de passar sua prática para grandes nomes do Surf como Fred Hemmings, Joey Cabell, Paul Strauch e Butch Van Artsdalen.
Falecendo em 22 de janeiro de 1968, com 77 anos sua filosofia de vida foi “Deixe o oceano te ensinar. Ele vai te ensinar tudo o que você precisa saber”, e nos mostra sua força e seu espírito Aloha.
Seus feitos, deixaram um legado importantíssimo para o surf mundial além de abrir as portas para o futuro. Este ano, pela primeira vez na história dos jogos olímpicos, após mais de 100 anos do pedido feito por Duke, o surf foi disputado por 40 atletas (20 masculinos e 20 femininos) na praia de Tsurigasaki na cidade de Ichinomiya, na Província de Chiba, consagrando o brasileiro Ítalo Ferreira e a havaiana Carissa Moore campeões da modalidade.
Provando que temos que acreditar e propagar o esporte e que seus ensinamentos estão presentes em cada canto do mundo que o surf seja praticado.
Mahalo Nui Loa Duke Kahanamoku!
Por: Lilian Stocco