Thomas Edward Blake é creditado como o pioneiro na construção de paddleboard no início dos anos 1930.
Enquanto restaurava os históricos tabuleiros havaianos em 1926 para o Museu Bernice P. Bishop, o então salva-vidas da Praia de Palos Verdes Tom Blake construiu uma réplica da Olo Surfboard previamente ignorada montada pelos antigos Ali’i havaianos (Reis Havainos). Ele iluminou sua réplica de pau-brasil (tradicionalmente feita de madeira de wiliwili) perfurando-a cheia de buracos, que então cobriu, criando assim a primeira prancha oca, o que levou à criação do moderno paddleboard.
Com esta prancha,Blake começou a competir contra os nativos, que na época eram remadores muito conhecidos, como, o jovem Duke Kahanamoku e Gerard Vultee. E sempre pensando na evolução, mas também com seu espírito competitivo, ele inventou as mudanças radicais nas tábuas, pois na época o sistema de construção as deixavam muito pesadas e lentas. Com seu novo projeto Blake tinha uma nova prancha, que além de ser mais leve era muito aerodinâmica que as antigas.
Com sua nova prancha, ele dominou as grandes ondas do Kala Huewehe, o nome havaiano das ondas de tempestade em Waikiki.
Dois anos depois, usando essa mesma prancha de 16 pés (4,9 m) e 120 lb (54 kg), Blake venceu o Pacific Coast Surfriding Championship, primeiro evento continental integrando surf e remo.
Blake então retornou ao Havaí para quebrar praticamente todos os registros de remo disponíveis, estabelecendo registros de 800 m e 100 m que ficaram até 1955.
Em 1932, usando sua prancha oca drasticamente modificada, agora pesando aproximadamente 27 kg, Blake superou os principais homens da Califórnia, Pete Peterson, e Wally Burton. Primeiro a cruzar o Continente para Catalina percorrendo as 29 milhas do percurso, (47 km) em 5 horas, 53 minutos.
Tom Blake, também foi um dos instrutores do Clube de Natação de Palos Verdes, e um dos fundadores do Malaga Cove Paddle Board Club, cujo como membros do clube incluiam grandes remadores da época, Jack Bauman, Bauman, Chilton Moore, Bob Norman, Dendy Sadler, Mary Bieling, Jim, Damon, Curtis Burks, Roberta Mull e Larry Stone.
Durante a década de 1930, pranchas ocas influenciadas por Blake (chamadas “tabuinhas” por repórteres e depois por “surfistas”) seriam usadas em proporções aproximadamente iguais à de pranchas de remada tanto para Stand up quanto para surfe, até que as novas pranchas da Hot Curl, chegaram e colocaram a evolução em uma nova direção.
Para o Paddleboarding, no entanto, os princípios básicos do design de 1926 de Blake permanecem relevantes até hoje.
* WILIWILI (Havaí) – Esta é a madeira que se faziam as respeitáveis Olo, pranchas de surf da nobreza havaiana. As pranchas reservadas aos reis e nobres, feitas com madeira da arvore wiliwili (Erythrina sandwicensis) chegavam a ter 6 metros de comprimento, eram muito finas e com fundo arredondado. A wiliwili é uma madeira bastante leve e com ótima flutuação. Pelas propriedades da madeira e design da pranchaa.
* Olo era um pranchão muito rápido, bom para entrar nas ondas havaianas com segurança.