Quinta-feira, Novembro 7, 2024

Apoio

InícioCanoa HavaianaDor biomecânica

Dor biomecânica

Dor biomecânica – Muitos anos atrás, estava acompanhando um atendimento na pista de atletismo de uma atleta, realizado por uma amiga fisioterapeuta. Apareceu o técnico dela, nível seleção brasileira e perguntou o que houve. A atleta respondeu que fazia um tempo que sentia dor e pediu para a fisioterapeuta avaliar. E ele falou para ela:

– Menina, dor é teu melhor amigo. Se tem dor, tem um problema e se tem um problema, tem que tratar.

O meu tio, mora nos EUA há muitos anos. Uma das poucas vezes que veio para o Brasil, pediu para fazer Shiatsu nele. Terminando, disse que eu deveria ir para lá, ia ficar rico só no prédio em que ele trabalha, gostou muito. Disse que o povo americano, paga para não ficar doente, tem que trabalhar e produzir, eles estão certos. Já os brasileiros, pagam para se tratar e não importa quanto.

A primeira coisa que fazemos, quando temos dor, é fazer exames radiológicos. Isso é normal, de praxe. O fato é quando o exame não condiz com o problema ou não justifica o motivo da dor. Isso acontece muito, mais do que imaginam.

Estamos acostumado com o diagnóstico nosológico, que é baseado em exames conforme a sintomatologia e te falam um nome, geralmente terminando em algia. A Fisioterapia, trabalha com o diagnóstico funcional, que é baseado na também no exame radiológico, mais a sintomatologia, a apalpação, a avaliação postural, a marcha, os vícios posturais, o cotidiano, os movimentos repetidos, a atividade laboral, o uso do sapato, da ergonomia do posto de trabalho e mais alguns. Com todos esses sinais, sintomas e informações, realizamos o diagnóstico funcional, que vai mostrar o motivo e a origem da dor e/ou da lesão.

Dor biomecânica
Atletas de altíssimo rendimento como nosso medalhista Isaquias Queiroz fazem todo tipo de avaliação biomecânica, tanto para avaliar a dor como para aumentar o rendimento

Na minha prática clínica, é bem mais complicada, estou mais voltado ao atendimento emergencial da dor, usando os recursos orientais: acupuntura, shiatsu, ventosa com sangria, moxabustão e ajuste vertebral. Muitas vezes, os pacientes não têm exames radiológicos, não teve tempo para fazer ou esqueceu em casa ou é muito antigo. Tenho que avaliar os possíveis locais, as prováveis alterações e lesões e resolver a dor do paciente, para pelo menos poder ir para casa e dormir. Essa é uma opção minha te atuação e trabalho.

Independente se for emergência ou não, muitos pacientes vêm para a Fisioterapia, depois de uma longa jornada de exames radiológicos e com sacolas de medicamentos Alguns desses remédios, ajudaram encontrar a vila perdida dos Smurfs (não podia perder a piada).

O diagnóstico funcional é ensinado na Faculdade de Fisioterapia e muito explanado nos cursos de especialização. Cada recurso ou técnica terapêutica, tem um jeito e uma forma de avaliar e também, mostram visões diferentes dos problemas. Isso é muito legal. Nos congressos, cursos, nos grupos de Whatsapp e conversas de cotidiano, vamos trocando figurinha e construindo o raciocínio clínico funcional do paciente.

Tirei o paciente da crise da dor, que é muito alta e interfere no cotidiano e qualidade de vida, começa outra etapa do tratamento. Sabendo que tem disfunções funcionais encaminho para a confecção de palmilha, para avaliação postural, para a avaliação cinético funcional (avalia a postura, encurtamentos e força muscular e limitação articulares), pilates (com foco em alongamento) e dependo do caso e do problema para a osteopatia ou quiropraxia, são ajustes que não consigo fazer.

Para finalizar, gosto muito de falar para os meus pacientes e alunos: diagnóstico errado, tratamento errado.

Boas remadas galera!!!,

Por: Fabiano Bartmann

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments

Bruno Raposo on Va’a cresce em Portugal
Diogo Oliveira on Va’a cresce em Portugal
Anderson Carvalho da Silva on Va’a cresce em Portugal
Patricia Mesquita Vieira on Stand up Paddle seja bem-vindo a Tribo!
Patricia Mesquita Vieira on Verão chegando – S.O.S Canoa Havaiana
Marcelo Zabrieszach Afonso on Perigos e soluções em suas remadas!
José Robson Venturim on Os melhores GPS para Remar
ADRIANA APARECIDA CLARO on Remando à favor da maré
Anderson Carvalho da Silva on 6ª volta de Ilha Grande
Anderson Carvalho da Silva on Big Surf de canoa em Waimea
Anderson Carvalho da Silva on Remada das Luzes de Natal
Anderson Carvalho da Silva on Desafio em canoas havaianas 2020 – Paidégua
Jairo Ferreira Dantas on Como navegar no mar de forma segura
Ruth Helena Mendes on I etapa Imua Ceará Va’a
José Erivaldo dos santos alves on Os especiais do Molokabra – Miguel Nobre
Eliana Miranda Sampaio on Verdes Mares com tom de rosa