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Paddleboard no ISA Games, é um ponto fraco para o Brasil?

Paddleboard no ISA Games – No ultimo final de semana aconteceu a terceira edição do King of Paddle, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo e o evento foi marcado pelas disputas de SUP, prone paddleboard, canoa havaiana e surfski,

Paddleboard no ISA
Paddleboard no ISA

No caso do prone paddleboard, o evento foi a seletiva nacional para o ISA Games 2018 e o vencedor da prova, com a tempo de 1h e 24 minutos foi o veterano Patrick Winkler. A segunda e a terceira colocação ficaram com Rogério Melo da cidade de Santos e Felipe Barone de Ubatuba que protagonizaram uma disputa acirrada e com apenas 01 segundo de diferença entre os atletas.

Além de conquistar a vaga na seleção brasileira, Winkler tornou-se tricampeão do king of Paddle. Está será a terceira participação de Patrick em ISA Games, sendo a primeira vez no México em 2015 e na sequencia participou da edição na Dinamarca em 2017. Aproveitamos para conversar com o atleta:

Alex Araújo: Parabéns Winkler, mais uma vaga para o ISA Games, como você analisa sua temporada 2018 até o momento?

PW: Está sendo um ano excelente, comecei o ano vencendo o Rei de Búzios (16km de distância). Até então acreditávamos que o ISA Games seria realizado na cidade de Búzios e o evento teve bastante relevância.

Na sequência veio o Aloha Spirit Ilhabela (no caso prone paddleboard, o principal circuito nacional). Eu cheguei na frente dos meus dois principais adversários, o super veterano Claudio Britto e a revelação de 2017, o também baiano Jader Andrade. Imediatamente fui desclassificado por não ter utilizado leash, porém com apoio dos atletas conversei com os organizadores de evento e o leash passou a ser opcional (somente depois desta etapa).

No Aloha Spirit de Brasilia, venci a etapa, novamente com meu principal adversário na água (Claudio Britto). Virando o semestre estabeleci novo recorde do Kialoa Paddle Challenge 21k (oficialmente a prova mais longa de prone no país) e recentemente veio o tricampeonato do KOPA. Foram provas que me deixaram mais forte e me fizeram melhorar ao longo do ano.

Alex Araújo: Sobre os treinamos, como funciona?

PW: Eu venho aumentando muita minha intensidade nos treinos. Todos sabem que minha modalidade base é a natação e a utilizo bastante como preparação física. Sobre parte especifica, treino na Raia da USP sob o comando do Vinicius Sanches (técnico renomado e integrante da poderosa equipe SAMU de canoa havaiana). Recentemente passei a utilizar o pilates como condicionamento fisco (com o coach Coronel) e aos finais de semana surfo bastante no litoral de São Paulo.

Alex Araújo: Sobre o ISA Games 2018, quais provas irá participar?

PW: O Paddeboard long distance, Paddleboard técnico e possivelmente o revezamento.

Paddleboard no ISA

Alex Araújo: Quais suas expectativas? Qual a sua especialidade?

PW: Em 2015 quando participei do ISA Games do México foi tudo muito novo e ganhei muita experiência. Terminei em 21º na prova longa e em 19º na prova técnica. Em 2017, mais experiente e com equipamento melhor, terminei na 10ª colocação na prova de longa distância (quem participou da prova técnica foi Bezinho Otero do Rio de Janeiro). Embora seja uma atleta de 40 anos de idade, evolui muito nos últimos tempos e espero chegar numa posição ainda mais forte neste ano de 2018.

Alex Araújo: Então você acredita pode chegar em uma colocação melhor do decimo lugar?

PW: Não estou dizendo que vou conseguir, mas posso garantir que o Patrick Winkler de 2018 é uma atleta superior tecnicamente e fisicamente do que o Patrick Winkler de 2017.
Quero chegar no ISA Games um pouco mais audacioso e acredito que o paddleboard possa ser encarado como um ponto forte para a seleção brasileira.

Alex Araújo: Como é seu equipamento? Utiliza de maneira diferente nas provas longas e nas provas técnicas?

PW: Remo com uma Bark Commander proelite, uma prancha que tem formato abaulado com 20,5 polegadas de meio e logicamente com 12 pés de comprimento (medida oficial).
Ao comparar com as marcas internacionais, a Bark não necessariamente é a melhor, mas é a líder no continente americano. Na prova longa utilizo um suporte de garrafa duplo (com capacidade para 02 garrafas de 750 ml) com GPS fixado e uma quexeira. Na prova técnica não utilizo nada, a prancha vai “crua”. Como não utilizo leash, possivelmente vou instalar dois pegadores na prancha.

Alex Araújo: Para entender um pouco mais sobre o prone, quais são os principais favoritos para o ISA Games?

PW: Na prova longa os favoritos são Lachie Lansdown da Australia e Sam Shergold da Nova Zelândia. Os Estados Unidos não terão Jack Bark este ano.

Na prova técnica, novos nomes sempre surgem, e além dos veteranos citados, os mais cotados são Julian Lalane da França e Kurt Lager do Hawaii.

Alex Araújo: Boa sorte e boa prova e que traga bons resultados para o Brasil. Estaremos na cobertura do evento

PW: Obrigado, espero posicionar o Brasil entre os melhores do mundo e que para os próximos anos a seleção nacional encare o prone paddlboard como um ponto forte do time.

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Alex Araujo
Alex Araujo
Alex Araújo é um dos pioneiros em criação de conteúdos esportivos na internet. Atua neste mercado desde 1996 como editor de renomados sites como CAMERASURF, SURF-REPORTER e nas revistas PARAFINA MAG e SUP MAG, e já colaborou com artigos nas Revistas Fluir, Inside,Hardcore e no Jornal Drop.
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