Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Apoio

InícioStand Up PaddleRibeirinho Cabra da Peste – Paulo Vasco

Ribeirinho Cabra da Peste – Paulo Vasco

Esta semana conversamos com Paulos Vasco remador de elite do SUP cearense e campeão do Molokabra 2020 na categoria master, confira:

Conte um pouco da sua história e como começou no SUP?

Sou amazonense, criado no Ceará onde construí minha família, minha formação profissional e conheci o surfe meu primeiro esporte náutico em 1994, depois veio à natação em águas abertas em 2003 (Campeão nos 1500m em 2017), o Duatlo Aquático em 2007 (onde fui Vice-Campeão Cearense em 2007), a canoa havaiana em 2015 (3º Cearense 2018 e 2019) e o SUP em 2012. Conheci o SUP através de um Professor de educação física o Profº Walter Cortez que me apresentou a modalidade race e proporcionou minha primeira prancha uma funrace 9pés.

Meu interesse pelo SUP veio para suprir a temporada baixa de onda em nosso Estado e complementar meus treinos no mar, pois só nadar era pouco. Eu precisava de uma prancha. Assim procurei usar o SUP como treino para me condicionar fisicamente sem ficar fora do mar. Em 2013 conheci o Alex Araujo que na época já era atleta de SUP race e ele me apresentou as pranchas races e o downwind, daí me apaixonei pelo esporte. Em 2014 comecei a competir e foi dando certo, fui 4 x campeão Cearense 2016, 2017 e 2018 e 2019 cheguei ao TOP 12 no brasileiro profissional em 2017 e alguns pódios na canoa, natação e sup em outras competições fora do Ceará.

Como começou nas competições e no DW?

Em 2014 quando fundamos a equipe Evolution SUP que hoje é a Kayakeria elite tean começamos a praticar os downwind em raias mais curtas (8km a 16km) pois não tínhamos equipamentos específicos para a modalidade.  Tivemos em 2016 aqui no Ceará a segunda edição do W2Downwind, onde participamos com as races 12,6 mesmo, foi dureza, mas valeu muito para nosso desenvolvimento.

Já no ano seguinte 2017 tive o apoio da He´eNalu e já comecei a aparecer no pódio, mas foi em 2018 que veio o título de campeão na categoria Stock downwind com o apoio incondicional da Xerife Supboard RJ.

Resumindo foram 5 campeonatos de downwind e quatro presença no pódio, acho que estou na média.

Você já participou de vários eventos de DW aí no Ceará inclusive o Molokabra 2019, qual foi a principal diferença que você sentiu neste Molokabra 2020?

O nome Molokabra surgiu de uma conversa entre eu e meu amigo Guilherme Jr,  nós estávamos falando sobre o Molokai, quando comentei de ter competido no Cabra da Peste (´´Iron Man cearense´´) uma prova cascuda aí ele disse … ´´aqui deveria ter o MoloCabra –  de Cabra da peste e ai ficamos viajando como seria essa competição.

Com o passar dos anos nossa associação ASUP Ce tomou a frente e concretizou o campeonato a nível nacional e transformando o MolokaBRA – BRA de Brasil.

Fico feliz em ter participado das 2 edições com bons resultados na categoria SUP Stock bicampeão máster e 2 x vice-campeão Overall. Continuo trabalhando forte para o título da categoria quem sabe.

A principal diferença que percebi neste Molokabra 2020 em relação ao de 2019 foi à presença de novos atletas de fora do Ceará e a união de novas modalidades náuticas. Também destaco a introdução do chip para marcar os tempos de cada atleta isso foi imprescindível. Parabenizo a ASUP Ce pela excelente divulgação e evolução.

Como você vê as mudanças para o Molokabra 2021?

Acredito na possibilidade de premiações com kit e grana nas modalidades com um número relevante de atletas, pois o valor da inscrição é bem significativo e o evento já possibilita uma boa visibilidade para investidores.

A implantação de uma seletiva para o Molokabra extreme é uma excelente proposta, gosto muito de desafios. Fechar o Super Molokabra entre os 5 primeiros e realizar uma prova extra valendo uma boa premiação vai ser top.

Você também faz a preparação para vários atletas que correm o circuito cearense de SUP e Va’a, fale um pouco mais sobre seu trabalho:

Sou bacharel em Educação Física, Especialista em Biomedicina do Esporte e Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará. Hoje, doutorando em Ciências Morfofuncionais. Trabalho há 20 anos com preparação física, utilizando o método TNI (treinamento neuromuscular integrado) que consiste na periodização baseada na capacidade física predominante da modalidade em questão e na resposta adaptativa do individuo aos estímulos promovidos pelo treinamento.

Utilizo treinos dentro d água (parte técnica e física) e fora d’água (com kettlebell e Calistenia), é importante que o atleta entenda seus limites e seu potencial de desenvolvimento, pois o treinamento exige controle de carga, percepção do esforço, especificidade, adaptação, volume e intensidade isso tudo somado a uma boa nutrição e hidratação. O SUP e a Canoa são esportes relativamente novos no campo de desempenho esportivo, assim é comum vermos ´´treinadores´´ não formados apenas reproduzindo treinos volumosos e inadequados ao biótipo e nível de condicionamento do praticante.

Nossos atletas recebem planilhas mensais com o treinamento adequado a sua rotina ocupacional, nível físico e modalidade. Sempre planejo o treinamento em 4 períodos;

1 Preparação Geral (desenvolvimento geral)

2 Preparação Específica (potencializando a capacidade física da modalidade)

3 Polimento (período competitivo)

4 Período transitório (recuperativo e regenerativo)

Com isso priorizamos uma competição alvo para que possamos ter tempo para planejar e desenvolver as valências físicas e técnicas do esporte. Sabemos que a construção do desempenho atlético não acontece com volumes excessivos e nem tão pouco da noite pro dia. Lembrando que cada atleta terá uma resposta diferente ao treinamento, assim é preciso trabalhar cada dificuldade apresentada.

O bom resultado é quando o atleta consegue alcançar seu máximo desempenho na competição fazendo valer o que ele treinou e se esse resultado for o suficiente para marcar a presença no pódio, ai é melhor ainda.

Profº Paulo Vasco

CREF: 4350 – G/CE

Profissional de Educação Física

Atleta SUP Race

Tetracampeão Cearense

Bicampeão Master Molokabra

Campeão Tríplice Coroa

Alex Araujo
Alex Araujo
Alex Araújo é um dos pioneiros em criação de conteúdos esportivos na internet. Atua neste mercado desde 1996 como editor de renomados sites como CAMERASURF, SURF-REPORTER e nas revistas PARAFINA MAG e SUP MAG, e já colaborou com artigos nas Revistas Fluir, Inside,Hardcore e no Jornal Drop.
ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments

Bruno Raposo on Va’a cresce em Portugal
Diogo Oliveira on Va’a cresce em Portugal
Anderson Carvalho da Silva on Va’a cresce em Portugal
Patricia Mesquita Vieira on Stand up Paddle seja bem-vindo a Tribo!
Patricia Mesquita Vieira on Verão chegando – S.O.S Canoa Havaiana
Marcelo Zabrieszach Afonso on Perigos e soluções em suas remadas!
José Robson Venturim on Os melhores GPS para Remar
ADRIANA APARECIDA CLARO on Remando à favor da maré
Anderson Carvalho da Silva on 6ª volta de Ilha Grande
Anderson Carvalho da Silva on Big Surf de canoa em Waimea
Anderson Carvalho da Silva on Remada das Luzes de Natal
Anderson Carvalho da Silva on Desafio em canoas havaianas 2020 – Paidégua
Jairo Ferreira Dantas on Como navegar no mar de forma segura
Ruth Helena Mendes on I etapa Imua Ceará Va’a
José Erivaldo dos santos alves on Os especiais do Molokabra – Miguel Nobre
Eliana Miranda Sampaio on Verdes Mares com tom de rosa