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MULTIDISCIPLINARIDADE, essa é a chave para evolução de treino, força e performance

Quando pensamos em limitações, queda de rendimento, dores e lesões em Stand Up Paddle, logo os associamos aos músculos; coxas, dorsais, ombros, abdominais ou o próprio CORE. Talvez treinados em excesso ou pouco trabalhados.

“Qual foi o gatilho que desencadeou minha redução na performance?”
Podem haver questionamentos quanto à periodização do seu treino. “A dieta seguida pode ter causado esse estresse muscular? E essa dor constante, será que pode ser decorrente da falta ou excesso de algum nutriente?”

Pensemos da seguinte maneira: durante os treinos e provas passamos TODO o tempo exigindo dos nosso pés equilíbrio, força, sustentação, tensionamento e movimentação, que muitas vezes (para não dizer sempre) são intensificados pelas adversidades, sejam elas emocionais ou climáticas.

FASCITE PLANTAR

Segundo o hospital Israelita Albert Einstein, há mais de 2 milhões de casos diagnosticados todos os anos dessa inflamação da fáscia plantar.

Apesar de não ser pontual para quem pratica SUP, ela atinge a maioria das pessoas que tem hábitos de praticar atividades físicas de caminhada e corrida. Aqui nesse ponto o atleta (amador ou profissional) acaba se prejudicando, pois a grande maioria utiliza o exercício aeróbio de corrida ou caminhada como principal atividade, devido a sua facilidade e versatilidade indoor ou outdoor; e quando passa para o treino in loco, a região, que pelas circunstâncias já estaria fragilizada ou micro lesionada, terá uma potencialização exponencial de se agravar, dada as exigências do SUP quanto a necessidade de sustentação constante sob apoio bipodal (com os dois pés).

A dor é mais intensa saindo da região do calcâneo (osso do calcanhar) em sua parte mais anterior se prolongando para a parte mais côncava da sola do pé. Ela pode se iniciar com pontadas ao ficar muito tempo em pé ou ao se levantar da cama, mas que vai aliviando conforme a pessoa se movimenta e começa a andar. Ao final do dia ela tende a reaparecer e se intensificar com o repouso.

Limitações de atividade física de contato com o solo, e principalmente com a prancha estão entre as recomendações para tratamento, que tem recuperação em cerca de 90% dos casos. O uso de palmilhas ortopédicas, botas Walker e órteses noturnas são meios físicos para ajudar na recuperação. Exercícios e alongamentos fisioterapêuticos da fáscia são indispensáveis para o tratamento.

Em casa, exercícios simples podem ajudar na recuperação da fascite, como rolar o pé sobre uma bola de tênis, forçando a dorsiflexão (puxando o pé para cima), ou com a ajuda de uma toalha, puxar a ponta do pé quando estiver deitado. Para o alívio da inflamação pode-se realizar o mesmo movimento que seria feito com a bolinha de tênis, porém, utilizando-se de uma garrafa pet de 500ml com água congelada.

Liberação miofascial, alongamentos, e treinos específicos são indispensáveis.

Por: Katia Tonina

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