Primeiramente eu gostaria de agradecer a oportunidade de escrever a este incrível veículo de comunicação voltado a cultura dos esportes de remo e dizer que estou bastante feliz. Para as pessoas me conhecerem um pouco, eu sou especialista em Gestão de Clubes e MKT Esportivo, formado pelo Sport Clube Internacional e Unisc, Universidade de Santa Cruz. Trabalho com MKT Esportivo a 22 anos, e já fui árbitro profissional de surf, da antiga ASP (circuito mundial WQS e Mundial de Longboard e da Abrasp, além do Circuito Paulista, Paranaense, Catarinense e Gaúcho. Minha vida junto aos esportes de remo começou em 2007, onde realizamos o primeiro campeonato Gaúcho da modalidade na praia de Ipanema em Porto
Alegre, junto com meu amigo e cara sinistro André Torelly, um remador do bem e nosso mestre até hoje. Desde então, além de um remador por diversão, assumi o SUP como um dos esportes que queria trabalhar e desenvolver. Passamos por vários momentos distintos no Rio Grande do Sul.
Tivemos a honra de ver o primeiro Brasileiro ABSUP de todos os tempos em Osório, o primeiro Brasileiro já CBSUP em Porto Alegre, e uma série de outros eventos nacionais e regionais por todo estado, junto com uma explosão do SUP. Nesta época criei o GO PADDLE CHALLENGE, evento que está indo para a sétima edição e já distribuiu mais de 100 mil reais em premiação ao longo do tempo. Neste tempo também, várias escolas de sup em todos os lugares foram surgindo e muitos remadores de qualidade aparecendo. Tive a honra também de fazer os diários do Leandro Raí pelo facebook ao longo da Travessia Mar de Dentro, uma das maiores já realizadas no mundo, além de ter trabalhado na edição do seu filme e ter feito o lançamento do mesmo. Passamos pela criação de duas federações no estado, uma que não andou e a outra que foi adaptada de outros esportes que tinha como objetivo, fundar a CBSUP. Começamos no primeiro torneio com 09 atletas, sendo que 07 atletas estavam com pranchas emprestadas. Passamos por um momento com mais de 250 atletas por evento, grandes patrocinadores, até chegarmos a uma completa desunião das pessoas. Antes do início da pandemia, tivemos uma grande competição com apenas 16 inscritos.
Este cenário todo do passado, o fato de estarmos vivendo uma pandemia, nos levou a várias reflexões e nos motivou a não deixar tudo o que já havíamos feito no esporte pra trás, embora neste momento eu nem viva mais no Rio Grande do Sul. Comecei a reativar alguns contatos, e
em poucas reuniões já tínhamos um grupo de trabalho e focados em resgatar tudo aquilo que já tínhamos vivido e de uma maneira ou outra, resgatar todo aquele auge do esporte.
Criamos o Movimento Rio Grande do SUP, um movimento que vem bem de encontro ao nome desta coluna, um movimento LOKAHI. Uma soma de esforços para desenvolver o SUP e o VAA de maneira conjunta. A expressão LOKAHI, que é havaiana, quer dizer “TRABALHAR EM EQUIPE A GENTE PODE CONSEGUIR MUITO MAIS”, quer dizer “COLABORAÇÃO” ou ainda
COOPERAÇÃO. Foi ai que se criou um Movimento diferente de tudo que já vivi no meio dos nossos esportes, se criou um movimento que as pessoas se preocuparam em um primeiro momento, antes de tudo, em responder a seguinte pergunta: O QUE VAI NOS UNIR? Chegamos a conclusão que esta resposta era o diagnóstico correto para termos algo relevante e duradouro, diferente de outras iniciativas, algo que tivesse princípios e valores que unissem os integrantes do Movimento e que através deles, trabalhássemos pelo o todo e para atingir nossos objetivos de negócios e benefícios para os atletas e praticantes. Foi ai que surgiu o Movimento Rio Grande do SUP, que não é uma federação, é um movimento privado, que é uma espécie de HUB e soma de conhecimento, cada um na sua área, com decisões em conjunto.
A gente não precisa concordar em tudo, não precisa nem se gostar muito, o que importa, é que a gente sabe que o nosso trabalho para dar certo, não podemos nos afastar dos princípios e valores do movimento e temos que trabalhar em conjunto.
O que rege o Movimento Rio Grande do SUP são estes princípios e valores:
1) Acesso fácil e seguro através da implantação de escolas RGSUP por todo estado;
2) Ações para atrair novos adeptos;
3) Desenvolvimento do SUP desde o Race, Surf, Yoga, , Turismo entre outros,
4) Apresentar a Canoa Havaiana e a sua cultura polinésia;
5) Desenvolver competições, expedições, encontros, remadas, palestras, passeios, clínicas, feiras, entre outros; .
6) Incentivar projetos sociais com crianças e a geração de novos talentos;
7) Dar oportunidade para novas pessoas no esporte, em especial a formação de novos dirigentes;
8) unir as tribos do RS através de princípios e valores;
9 ) melhorar o ambiente de negócios fomentando o turismo esportivo, 0utros Water Sports e a cultura de praia;
10) Desenvolver a Gestão da segurança.
Este é o espírito e a espinha dorsal do Rio Grande do SUP, não é fácil ter que trabalhar junto, mas é uma maneira que nos motivou e onde já colhemos os primeiros resultados do trabalho.
Neste momento estamos trabalhando um novo passo do movimento em direção a independência financeira e mais agilidade nas ações. Nas próximas matérias, vou compartilhar mais novidades do movimento e também andar pelos meandros do meio ambiente, do mercado esportivo, do turismo, entre outros fatores que são fundamentais para somarmos aos
nossos esportes para gerar valor e termos um mercado ainda mais atraente e próspero para os negócios dentro do esporte e os esportistas que tem o sonho de viver do mesmo. A RODA TEM QUE GIRAR, LOKAHI!!!!