Companhias aéreas x usuários – Desrespeito e falta de cuidados imperam no mercado
Desde sempre as companhias impuseram várias dificuldades em embarcar e manusear equipamentos náuticos, bem sei que também isso se estende a outros tipos de equipamentos , mas vamos nos ater em nosso foco que são as pranchas.
Já fazem mais de 35 anos que estou inserido dentro dos esportes aquáticos e desde pequeno nas rodas de conversas sobre as trips sempre escutei os absurdos que os surfistas mais velhos relatavam sobre as roubadas com as companhias aéreas, desde pranchas quebradas, preços absurdos e equipamentos extraviados.
Em 1988 quando tive a oportunidade de fazer minha primeira trip ao Peru, pude entender e passar na pele tudo o que ouvia naquelas rodas, lembro como se fosse hoje, fui viajar pela já extinta Varig, e minha bag com 3 pranchas chegou rasgada e uma das pranchas com o bico e rabeta moídos. E assim foi na maioria das minhas viagens nacionais internacionais, sempre uma roubada registrada.
Quando o SUP entrou na jogada ai a situação ficou pior, várias operadoras impuseram empecilhos, regras absurdas e embarcar sua prancha passou a ser uma verdadeira missão impossível. Por várias vezes minhas pranchas foram quebradas, e vários atletas também sempre tiveram a mesma reclamação, ou as pranchas chegavam quebradas ou era um estresse total para embarcar o equipamento. Me recordo uma etapa do Brasileiro em Aracaju, que a prancha do remador Rafael Maia, chegou partida no meio, até hoje não consigo acreditar na tamanha falta de cuidado e manuseio de quem carregou este equipamento na aeronave.
Hoje passaram a cobrar uma taxa para o envio dos equipamentos, pensei que com isso os cuidados seriam maiores, mas advinha? A lambança ainda continua.
O tetracampeão Luiz Guida, chegou ano passado no Pan-Americano com sua prancha quebrada no meio, será que estes caras sabem o que é um atleta se preparar um ano todo para uma competição e chegando na hora sua ferramenta de trabalho estar toda destruída. Isso é uma falta de respeito e um grave crime ao consumidor.
O atleta Daniel Ferlin top do circuito APP World Tour, além de ter suas pranchas extraviadas pela Royal Marrocos, recebeu as pranchas um dia depois com seu sarcófago destruído e as pranchas todas quebradas.
A questão é a seguinte, as companhias aéreas alegam sempre que o serviço externo do aeroporto é terceirizado é que eles não tem controle sobre os funcionários que ali estão, mas isso é desculpa?
Não, pois é a mesma coisa de você sentar em um restaurante e comer uma sobremesa estragada e na hora de reclamar para o dono do restaurante ele falar que a tal sobremesa é terceirizada e ele não tem controle. Como assim? Você comprou de quem o serviço? Então meus amigos temos que começar a exigir nossos direitos e não aceitar mais esta falta de respeito, pois pagamos a maior taxa e passagem do mundo, maior taxa tributária do mundo e o mínimo que merecemos é respeito.
Vamos registrar os descasos com nossos equipamentos pelas companhias aéreas e fazer um protesto formal e exigir mais cuidado para a nossa ferramenta de trabalho.
Pura verdade mas só para alertar companhias como Américan Air Lines cobram preço justo e a dica é consulte antecipadamente as regras , ano passado não consegui ir para Ilhas Canárias