Um pacote de ações foi lançado pelo Ministério do Turismo no dia 8 de março, em Brasília, para desenvolver e promover o turismo náutico no país.
São ações que passam pela isenção de tributos, capacitação e reconhecimento profissional, oferta de crédito, melhoria na infraestrutura náutica e de promoção, por meio de campanhas publicitárias e de site com informações do setor. A expectativa é de que os incentivos permitam que mais brasileiros e estrangeiros possam realizar a atividade no país, que vem crescendo nos últimos anos.
De acordo com o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, as melhorias propostas pelo governo federal vão alavancar o potencial náutico brasileiro e irão atender a demandas antigas de todo o segmento. “Possuímos uma das maiores costas litorâneas do mundo e milhares de quilômetros em rios e lagos. Temos o maior potencial do mundo, mas precisamos convertê-lo em algo a mais para o turismo e renda para os cerca de 100 mil brasileiros que tiram o seu sustento nessas atividades”, pontuou o ministro.
Entre os benefícios tributários, o Ministério do Turismo conquistou a inclusão de barcos à vela, na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (LETEC). A medida assegura a isenção de tributos federais para todos os interessados em importar veleiros — esportistas e empreendedores do turismo que utilizem suas embarcações como ativo econômico. Além disso, garantiu a autorização de importação de barcos à vela, motos aquáticas e jet-skis com até 30 anos de fabricação e, por fim, acabou com o imposto de 18% para os interessados em importar jet-skis.
No campo profissional, a Pasta anunciou uma conquista histórica para o setor: o reconhecimento da atividade de condutor de turismo náutico como profissão pelo Ministério do Trabalho e Previdência. A medida beneficia cerca de 100 mil brasileiros que atuam na atividade de norte a sul do país. Outra medida divulgada foi a promoção de um curso para estes profissionais, em parceria com a Marinha do Brasil. A expectativa é de que a capacitação seja realizada a partir de julho deste ano. Todos os concluintes terão direito a certificado emitido pelos dois órgãos federais.
A infraestrutura náutica também foi contemplada pelo Ministério do Turismo. A Pasta desenvolverá e fará a doação de oito propostas que serão desenvolvidas e doadas pelo MTur para a construção de rampas, píeres e marinas públicas.
TURISMO NÁUTICO
A atividade é caracterizada pelo contato com a água – salgada ou doce — e está ligada à navegação, à prática de esportes aquáticos ou outras atividades realizadas na água. Outra característica importante é que, diferente de outros meios de transporte, as embarcações são os principais atrativos do turismo náutico, já que oferecem lazer e entretenimento, em vez de apenas deslocamento.
Com cerca de 8.500 quilômetros de litoral, 35 mil quilômetros de rios e canais navegáveis e mais 9.260 quilômetros de margens de reservatórios de água doce, lagos e lagoas, o Brasil apresenta um dos maiores potenciais de desenvolvimento do turismo náutico no mundo. Para se ter uma ideia, a última temporada de cruzeiros marítimos no país contou com oito navios no litoral brasileiro, um a mais do que na temporada anterior. Os impactos na economia e na geração de empregos beneficiaram destinos turísticos e empresas de atividades características do setor de turismo e de outros ramos, movimentando R$ 2,241 bilhões.
E a Canoa Havaiana e os outros esportes que são ferramentas de desenvolvimento de turismo em todo litoral Brasileiro?
Hoje temos centenas de clubes de canoa havaiana espalhados por toda costa Brasileira e milhares de pessoas que vivem direta e indiretamente do esporte e do turismo. Seria muito interessante um incentivo desta envergadura, também fosse de alcance dos profissionais que trabalham com a canoa havaiana no desenvolvimento do turismo local. Cidades como Itacaré e Barra Grande no Sul da Bahia, são uma referencia de desenvolvimento na área de turismo e social fazendo uso da canoa havaiana.
Esperamos que projetos assim possa abranger mais esportes naúticos, como a canoa havaiana, caiaque, surfski e tantos outros que ajudam no desenvolvimento do turismo no litoral do Brasil e sofrem com as altas taxas de impostos de importação de equipamentos e assessórios.
Parabéns e Obrigado pela pesquisa.