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Paddle Safety – Maximizando a utilização do cabo de reboque para OC6/V6/V3

A sugestão é que o cabo de resgate seja composto de capa e alma, de preferência da mesma qualidade dos cabos náuticos utilizados em embarcações como veleiro, pois sua carga de resistência a ruptura supera, 2000 kg.

A sugestão é que o cabo de reboque tenha no mínimo 8mm e no máximo 10mm, facilitando a maneabilidade para atar e desatar nó na wae da canoa, bem como trazendo leveza para o arremesso do chicote (ponta do cabo solta), a pessoa que estará em uma 2ª embarcação, responsável por segura-lo e atá-lo para iniciar o reboque.

O procedimento de arremesso do cabo, na maioria das vezes deverá ocorrer após o remador responsável pela manobra de fixação deste na wae, finalizar a ancoragem na proa da canoa.

Segundo a Federação Internacional de Va’a FIV, no seu documento denominado; “REGRAS DE LONGA DISTÂNCIAS, na parte de segurança, item 10, alínea f, dispõe:

f. Cabo de Reboque – toda V3 e V6 deve ter um cabo de reboque a bordo que deve ser amarrado à va’a em um ponto de fixação adequado permitindo o reboque imediato pelo barco de resgate se a va’a necessitar de reboque. O cabo de reboque deve ter um comprimento mínimo de 20 metros e ter uma carga de trabalho segura de mais de 1000kg.

Na prática a nossa experiência através de situações reais de resgate, além de diversos reboques de canoas antes ou após eventos, nos mostrou que a melhor opção é a utilização de um cabo de no mínimo 25m e no máximo 30m de comprimento, pois para uma ancoragem segura gasta-se muito cabo.

Para uma ancoragem segura o ideal é que a ponta do cabo seja ancorada na wae dianteira, peça estrutural extremamente forte e resistente, utilizando de preferência com um nó de fácil e rápida execução, resistentes a grandes trações e com facilidade para ser desatado. Utilizamos o” lais de guia”.

Para viabilizar um resgate rápido o ideal é que o cabo já esteja amarrado na Wae, com o restante armazenado no assoalho, ou em cima do iako. Com a necessidade de uso, basta sacar o cabo, passar por baixo dos bancos 2 e 1, e em seguida efetuar a manobra de costura em volta do casco e deck da proa da Canoa.

A proa das OC6 e V6 que navegam em mares brasileiros, geralmente tem módulos de Vante/Proa, medindo no mínimo 5m. Dessa forma, levando-se em consideração que para a confecção de um nó em um cabo desse diâmetro gasta-se 1m, mais 1m da alça que envolverá a WAE, mais as três voltas das costuras na proa da Canoa, adiciona aos 5m do módulo de vante, acaba-se consumindo em torno de 10m de cabo.

Quando utilizávamos 20 m, sobrava apenas 10m para conectar a canoa à embarcação que iria rebocá-la, tendo sempre que emendá-la a outro cabo viabilizando uma maior distância entre as duas, e por consequência maior segurança.

Dessa forma a partir de 25m de cabo, sobrará 15m para ser lançado a embarcação de resgate, evitando a necessidade de emendas de cabo, ganhando tempo na manobra.

Autor: Hamã Oliveira

Canoa Bahia / Karamuru Canoes / Brasil Va’a Challenges.

Alex Araujo
Alex Araujo
Alex Araújo é um dos pioneiros em criação de conteúdos esportivos na internet. Atua neste mercado desde 1996 como editor de renomados sites como CAMERASURF, SURF-REPORTER e nas revistas PARAFINA MAG e SUP MAG, e já colaborou com artigos nas Revistas Fluir, Inside,Hardcore e no Jornal Drop.
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