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Ferramenta de transformação – Canoa havaiana muda a vida de garotos em Santos

O esporte é uma ferramenta transformadora, inúmeras são as histórias de superação relatadas em várias modalidades. Na canoa havaiana não poderia ser diferente. Em todo o Brasil, vários projetos vêm desenvolvendo um trabalho inspirador com atleta de todas as gerações. Na cidade de Santos, um dos berços do esporte no Brasil, um projeto vem mudando a vida de vários garotos. Conversamos com algumas mães e pegamos o relato de quanto a canoa havaiana transformou a vida destes garotos e suas famílias.

Integração e relacionamentos são criados em formas de diversão na canoa havaiana

Elen Miranda – Mãe de Felipe, Rodrigo Mascote e Gabriel Miranda

Meu nome é Elen Miranda, sou mãe de 3 meninos, que já estão se tornado, homens. O mais velho, Felipe, que agora tem 22 anos, começou a praticar canoagem aos 11 anos em uma escola náutica pública da prefeitura de Santos, chegou a participar de alguns campeonatos de caiaque e vela.

Em 2014 foi convidado a participar de uma equipe e em 2017 meu outro, o Rodrigo Mascote, que hoje tem 17 anos, deixou de praticar ginástica artística, para também praticar canoa havaiana. No início de 2020, meu filho mais novo, o Gabriel que hj tem 14 anos, deixou a natação para iniciar a canoa havaiana.

Alguns familiares e amigos, vendo o quanto esse esporte fez com que meus filhos não fossem para o mundo do álcool e outras drogas, frequentassem praias com os pais, (coisa rara nos dias de hoje), nos procuraram querendo que seus filhos também praticassem.

Todos eles estavam com tempo ocioso, não tinham amigos fora de casa, alguns não se comunicavam nem dentro de casa, passavam muito tempo na frente dos aparelhos de vídeo game, celular e computador.

Depois que descobriam esse esporte, começaram a se interessar mais por momentos próximos à natureza, passaram a se encontrar na praia para lazer aos fins de semana, deixando de lado toda a tecnologia, que é o que mais prende esses jovens de hoje em dia. Eu acompanho sempre eles, percebi o quanto estão mais extrovertidos nos últimos meses. Eles fazem aulas com o professor Cauê 3 vezes na semana e quando há possibilidade, dobram até nas aulas.

Depoimento Gabriel Miranda

Meu nome é Gabriel Miranda remo há pouco tempo. Tenho um ano de remo e estou me dedicando bastante nos treinos. Tenho muitas amizades tanto com gente velha, mas também da minha idade. Me inspiro muito no meu irmão e no Cauê, gosto muito de estar na água e remar.

Tatiana Saldanha – Mãe do Gabriel Saldanha

Meu nome é Tatiana Saldanha sou mãe do Gabriel Saldanha. Gabriel começou na canoagem porque não saía de casa. Só vivia em frente do computador, só saia para ir à escola. Quando veio esta pandemia, ele parou de vez, pois que nunca saiu de casa, só ia sair de casa para ir para a escola, com esta nova realidade ele passou a ficar todo dia dentro de casa ocioso. Foi neste tempo que a Elen me ligou perguntando se ele queria fazer uma aula experimental de canoa havaiana, depois disso nunca mais parou.

Gerações na canoa havaiana

Agora ele não consegue mais ficar sem ir às remadas. O Gabriel mudou totalmente, ele era uma criança que não conversava com ninguém que não falava com ninguém. E hoje ele já é mais comunicativo, emagreceu, mudou totalmente. então a canoagem deu para ele uma melhora de 100%. Ele está gostando muito, pede para ir, acorda cedo sem preguiça nenhuma.

E eu vi que deu uma melhora, e está fazendo muito bem pra ele tanto mentalmente como fisicamente.

Depoimento Gabriel Saldanha

Tenho 13 anos e comecei a fazer canoagem porque eu não saia de casa e porque também precisava emagrecer, comecei a praticar por causa da minha família que me incentivou e também por Kauan e dos meus primos que já faziam também, na canoagem conheci várias pessoas, lugares legais e me diverti bastante com a turma, fazem muitas brincadeiras e remam muito bem cada um deles, a canoagem me deixou bem feliz e agora não consigo mais parar, tanto que quase nem falto nas aulas.

Kátia Martins – Mãe de Kauan Martins

Olá me chamo Katia sou mãe Kauan Martins. Depois que ela entrou na canoagem ele teve um grande avanço. Começou a interagir mais para a família ficou mais comunicativo ganhou novos amigos e a partir daí ele passou também muito mais disposição. Espero que o desenvolvimento dele e construa um futuro que ele sonhe alto e que ele tenha confiança total. Isso é a chave para o sucesso.

Depoimento Kauan Martins:

Meu nome é Kauan Martins, depois que entrei na canoagem fiz vários amigos, de vez em quando até rola aquela competição para ver quem chega em primeiro lugar. Eu pretendo fazer competições mais para frente e para o futuro e irei evoluir cada dia mais.

Geração coca-cola. mas com foco no esporte e disciplina

Vanessa Queiroz – Mão de Diego Queiroz

Meu nome é Vanessa, sou mãe do Diego Queiroz. Comecei a perceber meu filho na pandemia entrando num estado de depressão, porque não se encontrava com os amigos da escola ele não tinha o costume de sair de casa. Aí lembrei dos primos que fazem canoagem. Liguei para Elen, e ela marcou uma aula de remo. A princípio era mais para ele interagir com os primos, mas ele se amarrou na aula de canoagem e não quer mais parar. Ele está super empolgado, e saiu daquele estado de depressão que se encontrava antes de iniciar na canoagem.

Depoimento Diego Queiroz

Meu nome é Diego Queiroz, assim que parou as aulas, fiquei me sentindo muito triste e sozinho, minha mãe me convenceu a fazer aulas de canoagem com meu primo para experimentar. Foi a melhor coisa que aconteceu, eu adorei, fora meus primos, fiz outros amigos, emagreci bastante e estou me sentindo muito bem, adoro as aulas

A Hoe Mana existe desde 2012, e tem a frente do clube o atleta Cauê Serra, onde a canoa é uma ferramenta de ensino, treinamento e diversão.

Hoe Mana significa “Espirito do Remador” na língua havaiana.

Alex Araujo
Alex Araujo
Alex Araújo é um dos pioneiros em criação de conteúdos esportivos na internet. Atua neste mercado desde 1996 como editor de renomados sites como CAMERASURF, SURF-REPORTER e nas revistas PARAFINA MAG e SUP MAG, e já colaborou com artigos nas Revistas Fluir, Inside,Hardcore e no Jornal Drop.
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