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Urca do Minhoto 2021 – Atleta Ticiano Fonseca relata experiência no (arrecife) Potiguar

Madrugada do dia 12/04/2021, partimos em um barco de passeio em busca da onda que se tornou o sonho de consumo de muitos surfistas do Brasil, e porque não dizer do mundo.

Eram 3h da madrugada, quando saímos em um grupo de 22 surfistas, do Porto de Guamaré. Dentre eles, o desbravador do pico, Armando Diniz, e o big rider Danilo Costa. Vento brando, águas calmas, maré cheia, céu estrelado, e o anseio de todos por um dia inesquecível.

A viagem, no barco de passeio, foi tranquila, com pouco balanço e sem maiores incidentes. Às 6h00min, já conseguíamos visualizar, de longe, as primeiras formações de ondas na bancada oceânica, após a recepção de um nascer-do-sol deslumbrante.

Ticiano remando na imensidão azul / foto: Adailton Souza

E, finalmente, às 6h30min, ancorávamos no pico. Pela segunda vez, eu estava ali, naquele lugar paradisíaco: a Urca do Minhoto.

Um azul cristalino, de onde se via, ao horizonte, plataformas de petróleo e um navio cargueiro, tal qual na primeira vez que tinha estado ali, no swell épico de 2018.

É certo que o mar estava bem menor, em 40% do volume daquelas condições, mas o fascínio da paisagem ainda era marcante.

Daí por diante, foi esperar a maré secar um pouco e cair na água, em busca de um surfe único, para ficar guardado pelo resto da vida.

Na remada de 10min até ao line up, era possível perceber uma corrente considerável e um balanço forte das águas e um certo vento. Após 20min, à espera das boas, as águas foram ficando mais tranquilas gradativamente e o vento zerou. Aí foi possível ter uma maior dimensão daquele paraíso: uma laje coberta por água transparente, relativamente rasa, onde dava para ver os cardumes passarem, no fundo.

E vieram as ondas mais alinhadas, de 4 a 6 pés. A cada série, aumentavam as expectativas. Foi então que consegui dropar uma onda. A emoção tomou conta. E a tensão, logo após, quando tive de varar a arrebentação. De sup, sempre é mais complicado, tomei 2 na cabeça, mas consegui chegar novamente à linha de formação.

Depois disso, fiquei mais cauteloso, esperando as melhores da série, mas terminou por aí. Voltei para o barco e esperei o retorno para terra firme.

*Melhor condição de maré*

O melhor momento do dia ocorreu das 9h às11h30min, na secante. Nesse horário, a corrente e o vento praticamente zeraram. Foi quando a formação começou a vir mais alinhada. Exatamente nesse intervalo consegui descer minha primeira onda no paraíso da Urca do Minhoto. A primeira de muitas outras: tenho pretensão de voltar e aprender ainda mais sobre esse templo da natureza e do surfe.

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