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Adelson Carneiro Rodrigues, vem realizando uma travessia inédita de caiaque oceânico do Oiapoque-AP ao Chuí-RS. Está última semana o remador enfrentou ventos fortes mar grosso no litoral cearense, mas segue firme em sua missão. Continuando a série de matérias que denominamos como Diário de Bordo, o atleta nos manda mais informações, confiram:
Depois de passar uns dias com muita chuva na Praia de Guajirú-Trairi-CE, segui remando com determinação para a parada seguinte, praia de Lagoinha. Foi uma remada tranquila com mar calmo e sem vento. Na chegada fui recebido pelo amigo Sillus da Kite Point Lagoinha, que me apoiou com um pernoite em sua pousada, o qual pude descansar tranquilamente e ganhar forças pra remada do dia seguinte, Paracuru-CE.
O mar continuou super tranquilo e assim pude remar com tranquilidade e bem rápido, pois a maré estava a favor e logo na primeira hora já avistei meu destino final naquele dia. Um sol brilhante fez com que a água do mar, verde esmeralda, ficasse ainda mais bonita, e tartarugas nadavam tranquilas a frente do caiaque e desapareciam assim que notavam minha presença. Peixes saltavam a intervalos regulares, dando um espetáculo à parte.
Vários barquinhos de pesca ancorados, indicavam um bom lugar para chegar e naquele rumo aproei meu caiaque sem receio. Chegando em Paracuru, há muitas pedras e um erro pode ser danoso demais. Assim sendo, aproximei com cautela e uma onda suave me fez deslizar para a areia da praia com tranquilidade.
Uma estada prazerosa no Hotel Vento Brasil do amigo Piotr, polonês, deixou-me recuperado e com vontade de partir no dia seguinte para Praia da Taibinha.
Um ribombar de um trovão me fez acordar já com o dia claro na manhã seguinte. Barulho de chuva caindo me fez pensar em não haver possibilidade de seguir viagem.
Mas depois de esperar uma janela de tempo bom, saí definitivamente para o mar e remei firme até a praia de Taibinha no PAS, Ponto de Apoio ao Surf onde deveria ficar naquele final de remada.
Apesar de um vento não muito forte soprar naquela manhã, remei direto os 20 quilômetros do percurso.
Na Taibinha acabei ficando hospedado na pousada Blauset dos amigos Patrícia e Matheus.
Acabei ficando dois dias com muito descanso, repouso e alimentação saudável.
Ventava muito na partida para a praia do Cumbuco. O mar estava em fúria com ondas grandes e fortes bem na praia de Taibinha, onde o surf é praticado e sendo assim não é pra menos que haja ondas grandes.
Mas a hora chegou e meus novos amigos ajudaram-me entrar no mar e nessa hora uma dica do surfista profissional Sérgio Cavalcante foi fundamental. Esperei a ordem dele pra entrar na série de onda no momento do intervalo e foi fantástico a entrada sem quase nenhum obstáculo.
Porém, o que veio a seguir foi um caos total. Ventos fortes de 18 nós e rajadas de 25 nós, exigiram do meu físico ao máximo e o que era pra ser feito ficou pela metade. Remei até o Pecém, próximo do porto alfandegário e abortei a remada depois de 10km com quase 3 horas remando contra o vento.
O caiaque ficou num rancho de pescadores e eu fui levado de carro com meu amigo humanáutico Anderson Pinheiro para a Katavento pousada & Kite Point na Praia do Cumbuco.
Depois de uma noite recuperadora, segui no dia seguinte com apoio do Anderson e da namorada dele, Gessiane, para o Pecém, para terminar o trecho faltante até o Cumbuco, 14km a frente.
Mas o que pareceu tranquilo virou um inferno de vento, mais uma vez e chegar no Cumbuco, demorou exatos 2:50min, o que normalmente não passaria de uma hora e meia.
Agora aguardando a etapa para chegar na capital cearense, Fortaleza.
Siga os passos desta travessia no perfil do atleta:
Agradecimento Especial:
