Quando se fala e pensa em colete salva-vidas, sempre pensamos: quem não sabe nadar ou para embarcações ou para o lazer.
Até pode ser, mas o problema não está só na opinião, e sim, qual o material que é utilizado?
Se formos numa loja, sempre ouvimos a mesma coisa: nunca ninguém reclamou ou essa marca é conceituada ou é um ótimo produto. Pergunta quais as diferenças das células de flutuação, não sabem e pior, não existe informação.
Na verdade, a informação não existe também, o brasileiro não tem a cultura de saber ou se importar de fato o que é e como funciona. Como eu pesquiso muito sobre a tecnologia dos materiais, vou navegando e vou encontrar as informações, em sites internacionais de lojas e incrível que pareça, nem no fabricante existe a informação muitas vezes.
Uma marca brasileira que explica e faz vídeos explicativos dos seus produtos é a Ativa Náutica. Quase todo o portfólio deles, tem explicação dos testes de durabilidade e flutuação, qual a indicação do uso, isto é, mostram a preocupação da qualidade dos seus produtos. Isso mostra transparência real.
Nas minhas pesquisas quando comprei o colete, a Duck me convenceu não só pela minha necessidade, e sim, pela explicação técnica das células de flutuação. Na página deles, mostravam os coletes com flutuadores PVC/NBR e EVA/Polilux.
Como não encontrei o que eram esses materiais, mandei um e-mail para eles perguntando e responderam com todas as informações técnicas, as diferenças e alguns sites dos fabricantes desses produtos (http://gauchoaventura.blogspot.com/search/label/Colete%20Salva-vidas).
Escrevendo essa matéria, lembrei que tinha visto numa marca de colete, o material dos flutuadores e fui pesquisar agora. Sempre a mesma coisa: produzido pela referência mundial do fabricante de “alguma coisa”. Quando tem o nome do fabricante, tu tentas achar a página e quando entra, não encontra sobre flutuadores e quando acha, vem sempre o tal do ISO.
Fui pesquisar qual era aquele ISO especificamente e aparece qualquer coisa, menos o que significa.
Só fui entender e me preocupar com o ISO, quando uma amiga que é engenheira de uma fábrica de cimento, me disse que um tipo de cimento deles tem ISO. Achei legal e perguntei o que atestava. Me respondeu, que o ISO em questão, atesta que o pacote tem 1 kg, nem mais e nem menos.
Aonde quero chegar com isso? Não quero conspirar contra as empresas de colete salva-vidas, bem pelo contrário, o Brasil é carente de empresas de qualidade e com a crise, está pior ainda.
Tanto as empresas quantos os remadores, temos que nos preocupar mais com as informações e qualidade do produto. Temos mania de achar que é tudo igual ou o caro é só a marca ou as fábricas pequenas não tem poder de qualidade. Bem pelo contrário, nas minhas aulas, uso muito o exemplo da sigla SOLAS – Safety of Life at Sea que estabelece a Proteção da Vida no Mar.
Se existe convenção de Proteção da Vida no Mar, cadê as informações mais completas que confirmem ou atestem a qualidade dos produtos?
Sempre que entrarem na água e principalmente em águas abertas, lembrem da Convenção de SOLAS!!!
Fabiano Bartmann
Fisioterapeuta – CREFITO 5 / 50266-F
Profissional de Educação Física – CREF 9768-G/RS
Mestre em Biociências e Reabilitação
Especialista em Acupuntura
Professor da Faculdade Sogipa
Bi-Campeão SUP Race Master, no RS / 2017 e 2018
Membro da equipe Rabbit de SUP